(do Livro IVAngelho II Mário Alberto)
O escritor e crítico literário Luiz Pacheco deixa uma vasta obra, que iniciou em 1945. Nascido em Lisboa a 7 de Maio de 1925, Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco desde cedo manifestou talento para a escrita. Ele frequentou o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa que foi forçado a desistir devido a dificuldades financeiras. Em 1946 foi admitido como agente fiscal da Inspecção de Espectáculos, de onde um dia se demitiu dizendo que estava farto dos métodos. Publicou dezenas de artigos em vários jornais e revistas, incluindo o antigo Diário Popular e a Seara Nova, e acabou por fundar a editora Contraponto em 1950, onde publicou obras de escritores como Raul Leal, Mário Cesariny, Natália Correia, António Maria Lisboa, Herberto Hélder e Vergílio Ferreira. Luiz Pacheco como crítico literário e cultural, ganhando fama de irreverente, denunciando a desonestidade intelectual e a censura imposta pela burguesia do “Estado Novo”. Com uma vida atribulada, por vezes sem meios de subsistência para sustentar a família, chegou a viver situações de miséria que ia ultrapassando à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues. Foi nesse período difícil da sua vida que se terá inspirado para escrever o conto "Comunidade" (1964), que muitos consideram a sua obra-prima.
Do seu círculo de amizades constam muitos outros intelectuais que, como ele, se caracterizam pela incorruptibilidade e pelo combate ao sistema. Destaco: Mário Alberto; António Branquinho Pequeno, António Bacelar Macêdo; Cesariny, Mário Viegas, …
Luiz Pacheco apoiou durante muitos anos o PCP, mas só se inscreveu há cerca de 20 anos. Como José Casanova disse no funeral de Luiz Pacheco, este foi um «espírito livre e independente, personalidade lúcida e irreverente. Escritor e personalidade singular, soube reconhecer no PCP o partido dos trabalhadores, com tudo o que isso significa, e fez dele o seu partido.»
Luiz Pacheco é um dos escritores de maior importância do século passado, um estilista notável que marcou impressivamente a Literatura Portuguesa. Ao longo de mais de 60 anos escreveu dezenas de obras, incuindo “Comunidade”, “O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor”, "Carta-Sincera a José Gomes Ferreira" (1958), "O Teodolito" (1962), "Crítica de Circunstância" (1966), "Textos Locais" (1967), “Exercícios de Estilo” (1971), “Literatura Comestível” (1972) e "Pacheco versus Cesariny” (1974). A última, publicada em 2005, foi "Cartas ao Léu".
Do seu círculo de amizades constam muitos outros intelectuais que, como ele, se caracterizam pela incorruptibilidade e pelo combate ao sistema. Destaco: Mário Alberto; António Branquinho Pequeno, António Bacelar Macêdo; Cesariny, Mário Viegas, …
Luiz Pacheco apoiou durante muitos anos o PCP, mas só se inscreveu há cerca de 20 anos. Como José Casanova disse no funeral de Luiz Pacheco, este foi um «espírito livre e independente, personalidade lúcida e irreverente. Escritor e personalidade singular, soube reconhecer no PCP o partido dos trabalhadores, com tudo o que isso significa, e fez dele o seu partido.»
Luiz Pacheco é um dos escritores de maior importância do século passado, um estilista notável que marcou impressivamente a Literatura Portuguesa. Ao longo de mais de 60 anos escreveu dezenas de obras, incuindo “Comunidade”, “O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor”, "Carta-Sincera a José Gomes Ferreira" (1958), "O Teodolito" (1962), "Crítica de Circunstância" (1966), "Textos Locais" (1967), “Exercícios de Estilo” (1971), “Literatura Comestível” (1972) e "Pacheco versus Cesariny” (1974). A última, publicada em 2005, foi "Cartas ao Léu".
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