O último programa “Prós e Contras”, na RTP, deixou no ar uma preocupação, a crise mundial. Primeira nota, a generalidade dos economistas e gestores não estão preparados para lidar com o que aí está por rebentar. Não se trata só de bolhas, falta de liquidez,... o problema é muito mais grave... As consequências podem ser arrasadoras para algumas zonas do globo. Segunda nota, não fossem a crise e as dificuldades económicas o programa teria sido uma comédia surealista. O ridículo em que caíram os representantes mais liberais foi notório. As gargalhadas da plateia, de gente simples, censuraram a retórica ignorante de quem não sabe, não quer saber, não vê um palmo há frente para além da chamada obseção pelo déficit. Terceira nota, salvaram o debate Carlos Carvalhas e João Ferreira do Amaral com visões menos tacanhas, menos ancoradas aos dogmas da economia e da ideologia dominantes das últimas décadas. A humanidade necessita de mentes abertas, e não de figuras de estilo Quixotianas com a habitual parafernália lexica de ideias repetidas amiúde para parecerem verdades inquestionáveis, "colaboradores", "empresas de sucesso", "saneamento financeiro do Estado" e outro instrumentarium que deixam de fazer sentido com o novo paradigma em perspectiva. Com as crises surgem as revoluções. Espero que estas também potenciem revoluções supremas, as sociais.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário