sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Bobby Fischer morreu no exílio


Bobby Fischer, mestre mundial de xadrez, exilado político na Finlândia desde 2004, morreu aos 64 anos na cidade de Reiquiavik, longe do seu país, os EUA, onde foi perseguido por delito de opinião.
Era um espírito indomável. Aos 14 anos, foi campeão dos Estados Unidos. Aos 15, era grande mestre. Em 1972, arrancou a Boris Spassky, em Reiquiavik, o primeiro título norte-americano de campeão mundial de xadrez. Na altura, o xadrez misturou-se à Guerra-fria. Depois disso, desapareceu, fazendo aparições erráticas e comentários contra Israel e a política dos governos dos EUA.
Reapareceu muitos anos depois para jogar novamente contra Spassky, na Sérvia. Passou então a ser perseguido pela justiça dos Estados Unidos, por ter furado o embargo então imposto contra aquele país. Bobby Fischer denunciou o acto primário de barbaridade cometido contra os povos da Jugoslávia e com o risco da própria vida tentou salvar a Servia dos bombardeamentos da NATO. Em 2004, foi preso no Japão e ameaçado de extradição, onde era procurado pela CIA. Mas a Islândia, onde mais de 30 anos antes ele se sagrara campeão do Mundo, ofereceu-lhe asilo e nacionalidade.

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