terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Porca Miséria III – Cultura

Os indicadores do Eurostat não mentem, Portugal é, efectivamente, o penúltimo, a caminho do último lugar no comboio europeu dos indicadores de cultura. Não é nada de novo. Já somos os últimos em muita coisa,... mais uma,... menos uma… Desta vez a Pátria de Camões, essa mesma,... a mesma traída pelos tratantes do Tratado de Lisboa, a mesma da epopeia dos descobrimentos que acabou abruptamente com a expulsão dos mouros e dos judeus por ordem dos reis de Espanha (e de sua santidade o Papa), a mesma dos dez estádio de futebol às moscas, a mesma que calou e amochou perante o ultimato inglês,… somos os penúltimos em cultura. Dirão alguns: "mas temos futebol"! Não lemos, não escrevemos, não vamos a espectáculos e ao cinema,... não apreciamos o que enriquece em plenitude o indivíduo multifacetado. Mas temos brutamontes a distribuir pancada nos estádios de todo o mundo, que bonito.
Fazemos e somos o que as políticas de direita determinam – sermos, para vergonha geral (dos que ainda se sentem portugueses), e chacota mundial - os incultos da Europa.
A constituição garante o direito universal de acesso à cultura, mas os governos do PS e do PSD (com ou sem CDS) negam-nos esses bens culturais quer ao nível da criação, quer ao nível do usufruto, perpetuando a mão invisível do domínio ideológico burguês alicerçado na manutenção da "igreja" ignorância.
No nosso País a superstrutura ideológica reaccionária escarra em cima da Constituição da Republica e assume a imagem de marca dos políticos de direita e da burguesia nacional. A classe no poder é sua natureza retrograda, ultraconservadora, inculta e pedante. Quando os seus representantes deambulam pelo mundo nem imaginam as figuras de cromos que aparentam. A ignorância é contagiosa. É como a peste. Só se trata, tratando de toda a sociedade, mas não pode ser com os enlatados de Balsemão e outros que tais injectados em nossas casas por sinal televisivo.
Lembram-se da história das armas biológicas iraquianas. Que anedota! Que ridiculo, nem a simples mudança de nome o safa?! A anedota macabra que custou a vida a centenas de milhares.

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